em 23 de maio de 2025 por Tismoo.me,
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O autismo na vida adulta

Viver a vida adulta sendo uma pessoa autista traz desafios únicos, que muitas vezes passam despercebidos ou são pouco compreendidos pela sociedade. Esses desafios vão desde dificuldades no trabalho, passando por barreiras na comunicação, até o impacto do capacitismo e as expectativas irreais que acabam pesando demais sobre quem é autista.

Desafios no mercado de trabalho

A inserção e permanência é um grande desafio a ser enfrentado por muitos autistas. Questões como sensibilidades sensoriais, dificuldades nas interações sociais e a necessidade de um ambiente com rotinas mais estruturadas, são aspectos que nem sempre são levados em conta no dia a dia corporativo. Além disso, a falta de compreensão sobre o que é o transtorno do espectro autista gera barreiras ainda mais significativas como o capacitismo e a exclusão, dificultando ainda mais a entrada e permanência de pessoas no mercado de trabalho. 

Comunicação efetiva e suas barreiras

A comunicação é uma das áreas que mais traz desafios para pessoas autistas. Enquanto algumas têm dificuldade para entender linguagem corporal, sarcasmo e nuances sociais, outras conseguem se expressar verbalmente, mas encontram barreiras para adaptar sua fala ao contexto social. Por isso, estratégias simples, como uma comunicação mais direta e objetiva, podem fazer toda a diferença para promover a inclusão e o entendimento entre todos.

Disfuncionalidades cognitivas e seu impacto

Embora o autismo não seja uma deficiência intelectual, muitos autistas podem apresentar dificuldades cognitivas específicas, como problemas na organização, planejamento ou regulação emocional. Essas características, são muitas vezes mal interpretadas como falta de interesse ou esforço, o que reforça estereótipos e dificulta a convivência social e profissional.

Capacitismo: preconceitos e barreiras invisíveis

O capacitismo — discriminação contra pessoas com deficiência — impacta diretamente a qualidade de vida de pessoas autistas. Expressões como “você nem parece autista” invalidam a identidade do indivíduo e sugerem que há uma forma única e estereotipada de ser autista, o que contribui significativamente para a exclusão de pessoas autistas dos meios sociais e laborais, uma vez que, quando tentam integrar esses espaços são discriminados por não cumprirem com os estereótipos projetados pela sociedade. 

Expectativas irreais sobre comportamento e rendimento

A sociedade costuma criar expectativas que oscilam entre o “autista genial” e o “autista que não parece autista”. Essa dualidade gera cobranças pesadas: ou a pessoa precisa provar que é excepcional, ou sente que deve esconder suas características para se encaixar. O caminho para uma convivência mais justa e acolhedora passa pela aceitação das diferenças e pela valorização das habilidades únicas de cada pessoa.

Referências: