A volta às aulas para pessoas autistas pode ser um período desafiador do ano, devido à transição da rotina descontraída das férias para a nova rotina de compromissos escolares ou acadêmicos. Pensando nisso, separamos algumas dicas que podem ajudar no processo de adaptação e estudos:

1. Estabeleça uma rotina

Crie um cronograma diário que inclui horários para acordar, se alimentar, estudar e relaxar. A rotina vai ajudar a trazer mais previsibilidade para o dia a dia e fazer com que a pessoa  se sinta mais segura e preparada..

2. Use ferramentas visuais

Para ajudar com a organização das atividades, utilize recursos visuais como listas de tarefas e calendários. A inclusão de pictogramas pode facilitar a compreensão das atividades diárias e promover uma rotina mais estruturada e organizada.

3. Crie um espaço de estudos confortável

Separe um espaço da casa para os estudos, garanta o acesso a um local  tranquilo e organizado para realizar as atividades. Reduzir distrações sensoriais, como ruídos, luzes fortes, pode ajudar a concentração e a produtividade. 

4. Tenha pausas regulares

Inclua pausas curtas nas atividades escolares da pessoa neurodivergente para que ela possa recarregar as energias e prevenir a sobrecarga sensorial e emocional.

5. Comunique-se com os professores

Estabeleça uma comunicação constante com os professores e a equipe escolar. Compartilhar informações sobre as necessidades e preferências da pessoa autista pode ajudar a adaptar as estratégias de ensino e suporte.

6. Celebre pequenas conquistas

É importante comemorar os pequenos passos, por menores que sejam. Reconhecer e valorizar as conquistas ajudam a aumentar a autoconfiança e a motivação da pessoa autista. 

Além disso, é fundamental criar um ambiente acolhedor e estruturado, onde as necessidades individuais sejam respeitadas e valorizadas.

Referências:

VIVER AUTISMO: Autismo e a Volta às Aulas 2025: Como Preparar as Crianças para um Retorno Inclusivo. Disponível em: https://viverautismo.com.br/autismo-e-a-volta-as-aulas-2025-como-preparar-as-criancas-para-um-retorno-inclusivo/ Acesso em 20 de Fevereiro de 2025.  

O ensino de crianças autistas apresenta desafios únicos que exigem adaptações e estratégias específicas por parte dos professores. Compreender essas dificuldades é essencial para criar um ambiente inclusivo e eficaz. Aqui estão alguns dos principais desafios enfrentados:

Comunicação e Interação Social

Crianças autistas frequentemente têm dificuldades em comunicação verbal e não-verbal, o que pode dificultar a interação com colegas e professores. Para facilitar essa comunicação, os professores podem utilizar técnicas de comunicação alternativa, como o Sistema de Comunicação Pictográfica (PECS), que utiliza imagens para ajudar na compreensão e na expressão.

Comportamento e Regulação Emocional

Comportamentos repetitivos e dificuldades na regulação emocional são comuns em crianças autistas. Professores precisam desenvolver estratégias para gerenciar esses comportamentos, como a implementação de rotinas estruturadas e o uso de técnicas de desescalação. Manter um ambiente previsível e seguro ajuda na regulação emocional dos alunos.

Diversidade de Necessidades

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange uma ampla gama de habilidades e deficiências. Essa diversidade exige que os professores adaptem suas abordagens pedagógicas para atender às necessidades individuais de cada aluno. Investir em formação contínua e em estratégias personalizadas é fundamental para o sucesso no ensino.

Inclusão e Integração

A inclusão de crianças autistas em salas de aula regulares é um objetivo importante, mas pode ser desafiador para professores que não têm experiência ou formação específica em educação inclusiva. Colaborar com educadores especializados e buscar o apoio de equipes multidisciplinares são passos cruciais para garantir uma integração eficaz.

Recursos e Suporte

Muitas escolas carecem de recursos adequados, como materiais didáticos adaptados e suporte técnico, para atender às necessidades das crianças autistas. Professores frequentemente precisam buscar soluções criativas e apoio externo para suprir essas lacunas. Investir em recursos e treinamentos específicos pode fazer uma grande diferença.

Entender e abordar essas dificuldades é essencial para promover um ambiente educacional inclusivo e de suporte para todos os alunos. Com estratégias adequadas e recursos suficientes, podemos transformar a experiência de aprendizado para crianças autistas e criar um futuro mais inclusivo.

Referências: 

A socialização desempenha um papel crucial no desenvolvimento e bem-estar das pessoas com autismo. Participar de atividades em grupo não só ajuda a melhorar habilidades sociais e de comunicação, mas também promove a inclusão.
Atividades em grupo oferecem oportunidades valiosas para construir relacionamentos, reduzir o isolamento e aumentar a autoconfiança. Além disso, a socialização contribui para o desenvolvimento emocional, permitindo que as pessoas com autismo expressem e compreendam melhor suas emoções. Adaptar essas atividades para atender às necessidades individuais é essencial para garantir que todos se sintam confortáveis e incluídos.

Tipos de atividades

Artesanato e pintura

Atividades criativas como pinturas e artesanatos oferecem uma série de benefícios para o desenvolvimento de pessoas autistas. Elas permitem que a pessoa descubra uma nova forma de expressar suas emoções de forma não verbal, o que é especialmente útil para aqueles com dificuldades em se comunicar. Além disso, trabalhar com pinceis e tintas ajuda a melhorar a coordenação motora fina e a destreza manual. A atividade de pintar também pode ser relaxante e terapêutica, ajudando a reduzir a ansiedade e o estresse.

Jogos de tabuleiro

Jogos de tabuleiro podem ajudar no desenvolvimento de habilidades sociais como esperar a vez, compartilhar, lidar com a perda, resolver problemas e colaborar. Além disso, aumentam as conexões cerebrais, melhoram a concentração, a compreensão das regras e as noções de ação e consequência.
Muitos jogos de tabuleiro envolvem dados, pinos com formas geométricas, letras e números, estimulando o entendimento de diferentes conceitos, formatos e texturas. Os jogos de tabuleiro despertam emoções, e ajudam a entender que ganhar ou perder faz parte da vida. Participar de jogos de tabuleiro também promove a interação social e a comunicação, ajudando a superar barreiras sociais.

Atividades ao ar livre

O ambiente ao ar livre proporciona uma variedade de estímulos sensoriais, como sons, cheiros e texturas, que podem ajudar a desenvolver a integração sensorial. Participar de atividades em grupo ao ar livre promove a socialização e a interação com outras pessoas, ajudando a desenvolver habilidades sociais. Superar desafios físicos e participar de atividades em grupo pode aumentar a autoconfiança e a autoestima. Além disso, essas atividades podem estimular a curiosidade e o aprendizado, promovendo o desenvolvimento cognitivo.

Atividades lúdicas 

Atividades lúdicas são jogos e brincadeiras projetadas para serem envolventes, agradáveis, estimular a criatividade, a imaginação e interação social. Servem não apenas como uma forma de lazer mas também trazem benefícios educacionais e terapêuticos, ajudando no desenvolvimento social e cognitivo.
Para autistas, estas brincadeiras podem oferecer a oportunidade de apresentar estímulos sensoriais variados, ajudando a desenvolver a tolerância a diferentes sensações.

6 ideias de brincadeiras para pessoas com autismo

Montamos uma pequena lista de atividades com o objetivo de desenvolver habilidades e promover a interação social de autistas nas brincadeiras. É importante adaptar as atividades conforme as necessidades de cada um.

  1. Brincando com massinha de modelar: Essa atividade é ótima para se fazer em grupo, trabalhando com estímulos sensoriais, criatividade, e o desenvolvimento da coordenação motora. Além disso, também podemos trabalhar conceitos como formas geométricas ao montar diferentes tipos de figuras.
  2. Basquete ou Boliche adaptado: Com uma bolinha leve, um balde e algumas garrafas pet, você pode montar um jogo parecido com boliche ou basquete. O objetivo dessa brincadeira é promover um momento de descontração enquanto trabalhamos com o desenvolvimento de habilidades sociais importantes como, esperar a sua vez, trabalhar em conjunto e interagir.
  3. Passeios ao ar livre: Uma caminhada curta ao ar livre pode oferecer um momento de descontração para todos os participantes.
  4. Jogos de música: Atividades como “estátua” ou dança das cadeiras, além de serem divertidas ajudam a trabalhar com a escuta e atenção.
  5. Roda de leitura em grupo: Ler histórias em grupo, falar sobre os personagens e enredo pode ser uma forma de estimular a comunicação e a interação.
  6. Jogos de construção: Estabeleça uma figura simples como objetivo de montagem e trabalhe em grupo para chegar o mais próximo da imagem, podem ser usados blocos tipo lego ou similares.

Referências: 

SÓ ESCOLA. Como a pintura e o desenho podem ajudar pessoas com autismo?. Disponível em: https://www.soescola.com/glossario/como-a-pintura-e-o-desenho-podem-ajudar-pessoas-com-autismo#gsc.tab=0 Acesso em 7 de Janeiro de 2024.

TUDO EDUCA. Atividades de Pintura para Autismo: Benefícios, Tipos e Implementação Eficaz. Disponível em: https://tudoeduca.online/atividades-de-pintura-para-autismo-beneficios-tipos-implementacao/ Acesso em 7 de Janeiro de 2024.

GENIAL CARE. A importância do brincar para crianças com transtorno do espectro autista. https://genialcare.com.br/blog/brincadeiras-para-criancas-autistas/  Acesso em 7 de Janeiro de 2024.

AUTISMO EM MOVIMENTO. Brincadeiras ao Ar Livre para Estimular o Autista: Dicas e Benefícios. Disponível em: https://autismoemmovimento.com.br/2024/09/05/brincadeiras-ao-ar-livre-para-estimular-o-autista-dicas-e-beneficios/ Acesso em 9 de Janeiro de 2024.

AMIGO PANDA. Brincadeiras para autistas: 12 ideias divertidas e funcionais. https://blog.amigopanda.com.br/brincadeiras-para-autistas-12-ideias/?gad_source=1&gclid=CjwKCAiAhP67BhAVEiwA2E_9g51YAvxishrKXzj1MP96CEs5l9GWpuY5879Sg9xc-i5Xaul8YcNa_BoCqTMQAvD_BwE Acesso em 9 de Janeiro de 2024.

Os jogos são uma ótima ferramenta para o apoio do desenvolvimento de pessoas autistas ou neurodivergentes, já que são brincadeiras lúdicas que permitem trabalhar com diversos aspectos do desenvolvimento de maneira divertida e envolvente.

Jogo da memória

É uma atividade divertida  na qual conseguimos trabalhar com a concentração e memorização. O jogo original consiste em memorizar a posição das cartas e encontrar os pares. Uma forma adaptada de se jogar, pode ser trabalhar com menos imagens ou, se for o caso, trabalhar antes com jogos de sequenciamento ou pareamento para melhor compreensão.

Jogos de sequenciamento

Jogos de sequenciamento são atividades que envolvem a organização de itens em ordem lógica. Isso pode incluir organizar imagens para contar histórias,  letras e números ou seguir o passo a passo de uma receita. Esse tipo de atividade ajuda a desenvolver habilidades no planejamento, organização e compreensão de sequências temporais.

Jogos de associação

Ajudam no desenvolvimento da linguagem e na compreensão de conceitos básicos, como emoções e ações. Podemos trabalhar com esse jogo com pictogramas, como cards que ilustram a ação, emoção ou palavra, enquanto apresentamos as imagens ajudamos a pessoa a associar o som a imagem ou palavra. Com esse jogo específico, estamos trabalhando diretamente com a comunicação alternativa e estimulando a expressão e fala.

Jogos de coordenação motora

Atividades que exigem movimentos precisos, como desenhar, montar blocos tipo lego ou encaixar peças, ajudam a desenvolver a coordenação motora. Também é possível trabalhar com atividades mais cotidianas com o auxílio de tabuleiros de atividades específicas como esse feito em casa com papelão, folha e um cadarço: 

Tismoo.me

Os jogos educativos são ferramentas que podem ser adaptadas para atender às necessidades específicas de cada autista, promovendo o desenvolvimento cognitivo, social e motor de maneira divertida e envolvente. Ao escolher e utilizar esses jogos, é importante considerar as preferências e habilidades individuais, garantindo que a experiência seja positiva e enriquecedora.

Incorporar esses jogos no cotidiano pode não apenas proporcionar momentos de diversão, mas também contribuir significativamente para o crescimento e bem-estar das pessoas autistas.

Estudos ao longo dos anos mostram que ter um pet em casa pode beneficiar o ambiente como um todo na redução de estresse e ansiedade dos moradores. Para pessoas autistas e neurodivergentes ter um pet pode significar uma melhora no bem estar e controle das emoções. 

Além disso, a presença de animais de estimação ajuda no desenvolvimento de habilidades sociais, como demonstrar afeto. A interação com animais de estimação pode proporcionar um ambiente seguro e reconfortante, ajudando a reduzir o estresse e a ansiedade.  Autistas podem sentir mais vontade de tentar se comunicar e se expressar, seja verbalmente ou através de gestos. 

As atividades que envolvem escovar os pelos do animal ou alimentá-los promovem a criação de uma rotina para o autista, que consequentemente, se estende para outras atividades É também uma oportunidade para trabalhar com a coordenação motora e a concentração. 

A conexão emocional entre animais e pessoas neurodivergentes é positiva e terapêutica , promovendo o bem-estar emocional e a autoestima.

Benefícios no desenvolvimento: 

  • Desenvolvimento de habilidades sociais: A presença de animais pode ajudar autistas a desenvolverem habilidades sociais, como compartilhar, demonstrar afeto e seguir regras simples.
  • Redução da ansiedade e do estresse: A interação com animais pode proporcionar um ambiente seguro e reconfortante, ajudando a reduzir a ansiedade e o estresse.
  • Estímul à comunicação: Crianças autistas podem se sentir mais à vontade para se expressar na presença de animais, seja verbalmente ou através de gestos e expressões faciais.
  • Desenvolvimento cognitivo: Atividades que envolvem animais, como alimentá-los ou escová-los, podem promover o raciocínio lógico, a concentração e a coordenação motora.
  • Fortalecimento do vínculo afetivo: A conexão emocional entre autistas e animais pode ser profundamente significativa e terapêutica, promovendo a autoestima e o bem-estar emocional.

 

Referências:

As brincadeiras e atividades recreativas não servem apenas para o lazer ou divertimento das crianças. Na realidade, elas também servem como excelentes ferramentas pedagógicas que auxiliam no desenvolvimento de diversas habilidades, sejam elas comportamentais ou físicas.  

Quando falamos de atividades e brincadeiras para crianças autistas, temos a oportunidade de trabalhar com o desenvolvimento de habilidades sociais, como a comunicação, escuta e trabalho em equipe. Conseguimos também trabalhar com a coordenação motora, saúde física e maior tolerância ao estresse e a estímulos.

Isso porque a brincadeira permite que a criança se expresse no mundo, tendo a possibilidade de modificar o ambiente e também de interagir com as pessoas à sua volta, estimulando-a a ser mais flexível com a rotina e com os impactos do pensamento rígido.

Ideias de atividades funcionais:

  • Horta em casa

    O objetivo dessa atividade é entrar em contato com mais elementos naturais, como folhas, pedras, terra e grama. Dessa forma, conseguimos trabalhar com diferentes texturas enquanto estimula o contato com diferentes materiais.

  • Construção com blocos

    Essa atividade pode ser feita em grupo utilizando blocos de LEGO ou similares. A ideia é trabalhar em grupo com o objetivo de construir formas ou imagens, com isso, estamos promovendo o trabalho em equipe, a criatividade e a coordenação motora.

  • Esportes leves

    Atividades como futebol ou vôlei podem ser adaptados com regras mais simples com o objetivo de focar na socialização em vez de na competição. Podem ajudar no desenvolvimento motor, controle do estresse e diminuição das crises, melhor qualidade de sono e comunicação.

  • Jogos de tabuleiro cooperativos

    Jogos de tabuleiros são diversos e contam com uma grande variedade de atividades possíveis. Jogos educativos como “descobrindo as emoções” podem ajudar no desenvolvimento da comunicação enquanto ajudam a pessoa a entender e expressar emoções.

  • Artes e Artesanato

    Projetos de artes como pintura, desenho e modelagem com argila ou massinha são atividades ótimas para ajudar no desenvolvimento da coordenação motora, estimulam a criatividade e também podem ser usadas como atividades sensoriais.

  • Brincadeiras sensoriais

    São atividades que envolvem diferentes sentidos. O objetivo é entrar em contato com diversas texturas. Podemos usar materiais simples encontrados em casa, como caixas sensoriais ou potinhos contendo elementos como areia, grãos e pedrinhas de jardim. 

 

Referências:

Sabemos que as festividades de final de ano são esperadas por todos, mas também pode ser um desafio para cuidadores e pessoas com necessidades especiais, como o caso do Autismo. 

Ambientes novos e cheios de pessoas, a mudança repentina da rotina, a exposição a novos sons e até mesmo as comidas de final de ano podem ser motivo de irritabilidade e mudanças de comportamentos para a pessoa autista e, consequentemente, para a família.

Alimentação

A alimentação da pessoa autista já é um desafio que os cuidadores enfrentam dentro da rotina, isso devido ao repertório limitado de alimentos aceitos, a seletividade alimentar e a ingestão restrita ou exagerada de alimentos.  

Aqui vão algumas dicas para esse final de ano: 

  • Evite consumir alimentos gordurosos em exagero, sempre tente equilibrar as porções;
  • Preste atenção ao alto consumo de alimentos condimentados, podem acabar causando desconforto gastrointestinal; 
  • Atenção ao consumo de bebidas alcoólicas, alterne as doses com água e sucos para evitar sentir-se mal; 
  • Tome cuidado com o exagero de doces e refrigerantes, pois eles também podem  provocar gases  e dores abdominais; 

Dicas especiais para pessoas autistas: 

  • Tenha sempre uma alternativa de um alimento aceito pela pessoa autista, no caso dela não aceitar nenhum dos disponíveis nas festividades;
  • Ofereça água! É  comum que em festas o consumo de refrigerantes e sucos seja maior do que o consumo de água. Porém, devido às altas temperaturas, o risco de desidratar ou passar mal é maior. Portanto, esteja sempre com uma garrafinha de água fresca disponível; 
  • Para evitar o excesso de alimentos da pessoa autista, ajude ela a preparar suas refeições e a dosar as porções. Cuidado com excesso de alimentos doces e com sódio pois os mesmos podem causar desconforto e dores na barriga.

Questões sensoriais

Os problemas sensoriais enfrentados nas festividades são os principais pontos de estresse para as crises. É importante entender que ao mudar a rotina e expor a pessoa a um novo ambiente podem ocorrer alguns estímulos causadores de crises.. 

Aqui vão algumas dicas: 

  • Ofereça tampões de ouvido ou fones com cancelamento de ruído. Eles são ótimos aliados para reduzir sons. Teste antes o tipo que irá ser utilizado para não haver a recusa na hora da festa;
  • Tenha em mão algum brinquedo ou objeto que a criança goste. Pode ajudar em um momento de estresse; 
  • Tenha a alternativa de sair do ambiente por alguns momentos para algum outro com menos estímulos sensoriais;
  • Prepare a criança para a festa, converse sobre as pessoas que irão e como vai ocorrer. Dessa forma, ele tem um pouco mais de tempo para se preparar, para as festas de final de ano;
  • No caso da sensibilidade às luzes, ofereça um óculos de sol.

Saúde no Final do ano

Como esperado, o final do ano também é sinônimo de férias, verão e praia. Portanto, é importante estar atento a algumas dicas para conseguir aproveitar as férias e manter a saúde em dia.

  • Use protetor solar! sabemos que a exposição solar prolongada pode trazer malefícios a saúde como câncer de pele e problemas dermatológicos a longo prazo, além de insolação; 
  • Fique atento à quantidade de água consumida. Deixe sempre disponível água fresca; 
  • Ofereça sempre frutas e alimentos mais leves. No verão, há uma boa variedade de frutas disponíveis; 
  • Evite carnes  e alimentos gordurosas; 
  • Lembre- se de descansar! As férias de final de ano podem ser um bom momento para caminhadas e começar atividades novas, como, ler um livro, ver uma série na TV, sair com os amigos ou simplesmente descansar um pouco.

 

 

Referências:

Livros que abordam o autismo podem ajudar a promover a inclusão e a compreensão sobre o transtorno do espectro autista (TEA) desde cedo. Eles oferecem uma janela para a empatia, permitindo que crianças neurotípicas e neurodivergentes vejam o mundo através de diferentes perspectivas.

Autores como Temple Grandin, com obras como “O cérebro autista: pensando através do espectro”, contribuem significativamente para a literatura sobre o tema, trazendo uma visão interna do autismo e destacando a importância de focar nos pontos fortes das crianças autistas. Outros livros, como “Aprendizes com autismo” de Sílvia Ester Orrú, oferecem exemplos inspiradores de pessoas com autismo que superaram desafios e encontraram seu próprio caminho na vida.

Já a obra “O Menino Só” de Andrea Taubman, apresenta o autismo de maneira sensível e acessível, ajudando a desmistificar o TEA para o público infantil. Esses livros servem como ferramentas valiosas para educadores, pais e terapeutas, pois fornecem recursos para apoiar o desenvolvimento e a inclusão de crianças autistas.

Ao incluir personagens autistas e temas relacionados ao TEA, os livros infantis podem desempenhar um papel crucial na construção de uma sociedade mais inclusiva e informada sobre o autismo.

 

 

Referências:

A representação de pessoas atípicas em filmes e desenhos tem se tornado mais presente, dando espaço para maior conscientização e inclusão. Em especial, para a representação de pessoas autistas, as obras oferecem uma janela para a compreensão das experiências vividas. 

Filmes como “Rain Man” e “Loucos de Amor” exploram as vidas de personagens autistas, destacando suas habilidades únicas e os desafios que enfrentam. Animações como “Float” da Pixar, embora não tratem diretamente do autismo, são inspiradas nas experiências pessoais de seus criadores com o espectro autista, proporcionando uma perspectiva sensível e humanizada.

A série animada “Auts”, por exemplo, é uma iniciativa que busca educar crianças sobre o autismo, mostrando que as diferenças são naturais e devem ser acolhidas. Essas produções são importantes não apenas para quem está no espectro, mas também para o público em geral, pois desconstroem estereótipos e promovem uma compreensão mais profunda do TEA.

A importância dessas representações na mídia é imensa, pois elas contribuem para a visibilidade e a normalização das experiências autistas, além de oferecerem representatividade e apoio para aqueles que se veem refletidos nas telas. Com a crescente lista de filmes e séries abordando o tema, espera-se que a tendência continue, ampliando o diálogo em torno do autismo.

 

Referências:

A detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é crucial para o desenvolvimento da pessoa autista, pois permite a implementação de intervenções terapêuticas e educacionais que podem melhorar significativamente a qualidade de vida e o  progresso de habilidades sociais e de comunicação.

Quando o diagnóstico é tardio, as oportunidades para essas intervenções são perdidas ou adiadas, o que pode resultar em desafios adicionais para os indivíduos com TEA. Estudos indicam que o diagnóstico tardio está associado a uma variedade de consequências negativas, incluindo dificuldades emocionais, como baixa autoestima e autopercepção negativa, além de impactos na educação e nas oportunidades de emprego.

Além disso, o diagnóstico tardio pode levar a lacunas no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação, o que pode afetar a capacidade do indivíduo de interagir efetivamente com os outros e participar plenamente da sociedade. A identificação tardia também pode ser emocionalmente desafiadora, impactando a adaptação dos adultos à nova compreensão de si mesmos.

É importante destacar que o diagnóstico tardio de autismo não apenas afeta o indivíduo, mas também suas famílias, que podem enfrentar incertezas e desafios ao buscar apoio e recursos adequados. A falta de um diagnóstico precoce pode resultar em anos de confusão e busca por respostas, o que pode ser uma fonte de estresse significativo para as famílias.

A conscientização sobre os sinais do TEA e o acesso a avaliações diagnósticas são passos fundamentais para garantir que os indivíduos recebam o suporte necessário o mais cedo possível. Profissionais de saúde, educadores e pais devem estar equipados com informações e recursos para identificar sinais de autismo e buscar avaliação especializada.

Referências: