A identificação precoce dos sintomas do autismo é crucial para o desenvolvimento e bem-estar da criança. O autismo, ou transtorno do espectro autista (TEA), é uma condição complexa que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. Os sintomas podem variar significativamente de pessoa para pessoa, mas geralmente se manifestam nos primeiros anos de vida.

Os primeiros sinais de autismo podem incluir dificuldades com o contato visual, atrasos na fala e na linguagem, comportamentos repetitivos e uma preferência por brincar sozinho. As crianças podem mostrar pouco interesse em interagir com outras pessoas e podem ter reações inesperadas a mudanças na rotina ou a estímulos sensoriais, como sons, luzes e toques.

É importante que os pais e cuidadores estejam atentos a esses sinais e busquem orientação médica se suspeitarem de autismo. Um diagnóstico precoce pode abrir portas para intervenções terapêuticas que ajudam a criança a desenvolver habilidades sociais, de comunicação e comportamentais essenciais.

Alguns dos principais sintomas a serem observados:

  • Pouco contato visual: Dificuldade em manter contato visual durante as interações.
  • Dificuldades de comunicação: Atrasos na fala ou dificuldades em expressar ideias e sentimentos.
  • Comportamentos repetitivos: Movimentos corporais repetitivos ou fixação em rotinas.
  • Interesses restritos: Foco intenso em objetos específicos em detrimento de brincar com outras crianças.
  • Sensibilidade sensorial: Reações fortes e desconforto a estímulos sensoriais, como barulhos altos ou luzes piscantes.

O acompanhamento com profissionais especializados, como pediatras, psicólogos e terapeutas ocupacionais, é fundamental para o suporte adequado à criança e à família. Com o tratamento e o apoio corretos, muitas crianças com autismo podem melhorar significativamente suas habilidades e qualidade de vida.

Referências:

A convite da Nasa (agência espacial dos EUA), o neurocientista brasileiro Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) e cofundador da startup Tismoo.me, será o primeiro pesquisador do mundo a conduzir uma missão científica na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A missão, prevista para o final de 2025, investigará o impacto da microgravidade no cérebro humano por meio de “minicérebros” — organoides cerebrais de cerca de 5 milímetros de diâmetro, que simulam as funções de cérebros infantis. Esses organoides foram desenvolvidos a partir de células-tronco e envelhecem de forma acelerada no espaço (em um mês na ISS, os minicérebros “envelheceram” dez anos), possibilitando estudos sobre processos neurológicos em diferentes faixas etárias, do estágio fetal à infância mais adiantada. A missão, segundo Muotri, contará com intervenções experimentais, entre elas, moléculas do chá de ayahuasca e de guaraná, que são neuroativas.

A notícia foi destaque na capa do jornal O Globo de ontem (01.nov.2024), com uma reportagem de página inteira da jornalista Raquel Pereira, leia, na íntegra, neste link. Muotri explicou que a preparação inclui adaptações dos equipamentos para condições de gravidade zero e treinamento físico intensivo. Este projeto de vanguarda reflete o avanço da pesquisa em neurodesenvolvimento e envelhecimento acelerado, além de abrir a ISS para cientistas internacionais, ampliando as possibilidades de descobertas científicas em condições extremas. A pesquisa representa mais um passo importante para entender os transtornos neurológicos e desenvolver novas terapias e com o orgulho de termos um brasileiro à frente.

Primeiro cientista no espaço

À pergunta da jornalista Raquel Pereira “Como o senhor se sente sendo o primeiro cientista enviado ao espaço?”, Muotri foi categórico: “Nunca sonhei em ser astronauta, apesar de gostar de ler ficção. Adoro filmes de astronomia mas jamais planejei isso na minha carreira. Mas digo que se a resposta para tratamentos com “minicérebros” estivesse no fundo do mar eu treinaria para ser um mergulhador. São anos de trabalho que culminam nas próximas etapas, exploramos ao máximo o que poderia ser feito e agora estamos procurando novas respostas. Acredito também que essa missão será transformadora porque vai abrir a Estação Espacial para cientistas do mundo todo”, respondeu, determinado, o Dr. Alysson Muotri.

Para quem quiser mais informações, o texto completo da reportagem está disponível no site do jornal O Globo de ontem, neste link.

Capa do jornal O Globo, de 01.nov.2024
Capa do jornal O Globo, de 01.nov.2024

CONTEÚDO EXTRA

A importância da atividade física para pessoas com autismo é um tema que vem ganhando cada vez mais atenção. Estudos indicam que exercícios físicos podem trazer benefícios significativos para indivíduos no espectro autista, como por exemplo:

  • desenvolvimento de habilidades motoras e sociais;
  • mais saúde mental e física;
  • melhora da comunicação e da autoestima;
  • regulação da rotina;
  • proteção da imunidade;
  • aprimora a percepção do entorno, aumenta a noção de espaço e tempo;
  • reduz comportamentos repetitivos e estereotipados;
  • melhora a postura corporal e a independência no dia a dia.

É essencial que as atividades físicas sejam adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa com autismo. Isso pode incluir a adaptação do ambiente, o uso de equipamentos específicos, ou a modificação de regras para tornar o exercício mais acessível e agradável. Por exemplo, esportes coletivos podem ser adaptados para promover a interação social e a cooperação, enquanto atividades como natação e equoterapia podem oferecer um ambiente calmo e estruturado que favorece o desenvolvimento.

A escolha da atividade física ideal deve ser feita com base em uma avaliação individualizada, considerando os interesses, habilidades e desafios de cada pessoa com TEA. Profissionais especializados em educação física adaptada podem oferecer orientação nesse processo, garantindo que os exercícios sejam seguros, eficazes e divertidos.

Em resumo, a atividade física adaptada é uma parte crucial do desenvolvimento e bem-estar de pessoas com autismo. Ela oferece uma série de benefícios que vão além da saúde física, impactando positivamente a vida social, emocional e cognitiva desses indivíduos. Com a abordagem certa, a atividade física pode ser uma experiência enriquecedora e transformadora para pessoas com autismo e suas famílias.


Referências:

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que afeta a comunicação e o comportamento, apresentando um espectro amplo de manifestações que variam de pessoa para pessoa. Uma das questões que têm chamado a atenção dos pesquisadores é a diferença na taxa de diagnóstico entre meninos e meninas. Para cada 1 menina com TEA, há 4 meninos diagnosticados.

Estudos recentes sugerem que essa discrepância pode ser resultado de diferenças na maneira como o autismo se manifesta entre os gêneros. Meninas com autismo, por exemplo, podem usar estratégias específicas para camuflar ou mascarar suas dificuldades em situações sociais. Isso pode levar a um diagnóstico tardio ou até mesmo à falta de reconhecimento da condição em meninas.

Além disso, pesquisas indicam que pode haver uma base genética para essas diferenças. Um estudo apontou que alterações em um único aminoácido no gene NLGN4, associadas a sintomas de autismo, podem causar diferenças na manifestação do TEA entre meninos e meninas. Enquanto nas mulheres, uma mutação em um dos genes NLGN4X pode ser compensada pelo outro gene NLGN4X, nos homens, essa compensação não ocorre devido à ineficiência do gene NLGN4-Y.

Essas descobertas são fundamentais para entender melhor o autismo e ressaltam a importância de abordagens diagnósticas que considerem as particularidades de gênero. Profissionais de saúde devem ser encorajados a buscar uma compreensão mais profunda das apresentações femininas do autismo para garantir diagnósticos precoces e acesso a suportes de saúde mental eficazes.

O reconhecimento das diferenças na manifestação do autismo entre meninos e meninas é um passo crucial para promover uma maior inclusão e compreensão dessa condição. A conscientização sobre essas diferenças pode ajudar a garantir que todas as pessoas com autismo recebam o apoio necessário para prosperar e alcançar seu pleno potencial.

A alimentação é um aspecto fundamental na vida de todas as pessoas, e isso não é diferente para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma alimentação adequada influencia positivamente no desenvolvimento, bem-estar e qualidade de vida, especialmente em crianças com autismo, que podem apresentar desafios específicos relacionados à alimentação.

Uma dieta saudável e variada é essencial para o desenvolvimento de qualquer criança, e para aquelas com TEA, isso pode incluir uma série de considerações especiais. Alimentos naturais como frutas, vegetais frescos, cereais integrais, leguminosas, laticínios, proteínas e gorduras saudáveis são recomendados para promover um crescimento equilibrado e prevenir deficiências nutricionais.

Além disso, é comum que crianças com autismo apresentem seletividade alimentar, preferindo ou recusando certos tipos de alimentos. Isso pode ser devido a sensibilidades sensoriais que afetam a percepção de texturas, cheiros e sabores. Portanto, é importante que os cuidadores e profissionais de saúde trabalhem juntos para criar um plano alimentar que respeite as preferências e necessidades individuais, ao mesmo tempo em que garanta uma nutrição completa.

Algumas estratégias que podem ser úteis incluem a introdução gradual de novos alimentos, a criação de rotinas alimentares consistentes e o envolvimento da criança no processo de preparação dos alimentos. A colaboração com um nutricionista pode ser particularmente benéfica para desenvolver um cardápio balanceado que atenda às necessidades específicas do indivíduo com TEA.

É importante notar que, embora algumas dietas específicas, como a dieta sem glúten e sem caseína, possam ser benéficas para certos indivíduos, elas só devem ser adotadas após uma avaliação cuidadosa e sob orientação de um profissional de saúde qualificado.

Em resumo, a alimentação no autismo requer uma abordagem personalizada e atenta às particularidades de cada indivíduo. Com o suporte adequado e uma dieta balanceada, é possível superar os desafios alimentares e contribuir para a qualidade de vida e desenvolvimento das crianças com TEA.

Referências:

A relação entre epilepsia e autismo é um tema de grande interesse e importância na comunidade médica e científica. Aproximadamente 30-40% das pessoas com autismo também apresentam epilepsia. Esta estatística revela uma associação significativa, sugerindo que as duas condições podem compartilhar mecanismos biológicos subjacentes.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurológica complexa que afeta a comunicação, o comportamento e as interações sociais. A epilepsia, caracterizada por convulsões recorrentes, é uma das comorbidades mais comuns em indivíduos com TEA. A presença de epilepsia em pessoas com autismo pode indicar um prognóstico mais desafiador e está frequentemente associada a uma maior gravidade no espectro autista.

Pesquisadores têm explorado a neurobiologia do TEA para entender melhor como a epilepsia se desenvolve nesses indivíduos.
A desorganização de estruturas corticais no cérebro, especialmente nos lobos temporais, pode ser um fator contribuinte para o desenvolvimento de epilepsia em crianças com TEA. A compreensão dessas alterações cerebrais é crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas que possam melhorar a qualidade de vida dos afetados e de suas famílias.

A abordagem para tratar indivíduos com TEA e epilepsia deve ser multidisciplinar, envolvendo neurologistas, psiquiatras, terapeutas e educadores. O controle eficaz das crises epilépticas é essencial para estabilizar e melhorar os comportamentos associados ao autismo. Além disso, é importante que os pais e cuidadores estejam bem informados sobre a epilepsia para que possam intervir quando necessário, prevenindo que a pessoa se machuque durante a crise e promovendo uma recuperação mais rápida e segura.

A pesquisa continua a ser a chave para entender a relação entre epilepsia e autismo. Com o avanço da ciência, espera-se que novas descobertas possam levar a melhores diagnósticos, tratamentos e uma melhor compreensão dessas condições complexas.

 

Referências:

A prevenção e intervenção ao suicídio de pessoas autistas é uma questão de extrema importância. Estudos indicam que indivíduos no espectro autista podem ter um risco significativamente maior de desenvolver comportamentos suicidas. É crucial que haja uma conscientização sobre os sinais de alerta e a necessidade de estratégias de acolhimento e suporte adaptadas às suas especificidades. A inclusão de pessoas autistas nas conversas sobre saúde mental e a criação de estratégias de prevenção são passos fundamentais para abordar essa realidade delicada e promover o bem-estar desta comunidade.

Acesso aos tratamentos e terapias

Garantir que autistas tenham acesso a profissionais de saúde mental com experiência em TEA é fundamental para um tratamento eficaz.

Apoio Psicológico Contínuo

O acompanhamento psicológico contínuo é fundamental para o indivíduo, assim como é necessário para que ele aprenda técnicas de enfrentamento para lidar com suas questões. Portanto, interromper o tratamento abruptamente pode levar a uma piora do quadro de saúde mental desse indivíduo.

Desenvolvimento de Redes de Suporte

Criar e manter redes de apoio que incluem familiares, amigos e grupos de suporte (sejam eles online ou rodas de conversa) ajuda a criar um ambiente mais acolhedor para enfrentar os desafios do TEA, tanto para o autista como para a família que também precisa de suporte.

Educação e Conscientização

Educar pais, cuidadores e profissionais sobre os sinais de depressão e suicídio em autistas e a importância de uma abordagem sensível pode facilitar a identificação precoce e a intervenção.
A interseção entre autismo, depressão e risco de suicídio é complexa e exige uma abordagem informada e empática. Entender os desafios únicos enfrentados por pessoas no espectro autista e implementar estratégias de suporte eficazes são passos cruciais para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida desses indivíduos. Promover a conscientização, oferecer acesso a cuidados especializados e apoiar redes de suporte são essenciais para enfrentar esses desafios e reduzir o risco de crises graves.

Referências:

CANAL AUTISMO: Autismo e suicídio. Disponível em: Autismo e suicídio – Canal Autismo – – Acesso em 30 de Julho de 2024 

AUTISMO E REALIDADE: Depressão e suicídio no autismo. Disponível em: Depressão e suicídio no autismo – Autismo e Realidade Acesso em 30 de Julho de 2024 

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. Depressão: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção. Disponível em: Depressão: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção — Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (tjdft.jus.br) Acesso em 30 de Julho de 2024

Uma das principais dificuldades enfrentadas pelas famílias e responsáveis por pessoas atípicas é a sobrecarga física e mental. Isso ocorre devido à acumulação de tarefas e ao isolamento social enfrentado pelos cuidadores, especialmente pelas mães, o que pode levar ao adoecimento psíquico. Muitos cuidadores abrem mão de seu próprio autocuidado e lazer para conciliar as demandas domésticas, a rotina dos demais familiares, as terapias, os cuidados diários e a carreira profissional.

É importante destacar que, dentro do núcleo familiar, as mães frequentemente estão mais vulneráveis aos efeitos dessa sobrecarga, mesmo quando todo o ambiente familiar está sobrecarregado. A carga emocional e laboral recai principalmente sobre as mães, enquanto os pais geralmente assumem a responsabilidade financeira da casa e, muitas vezes, se afastam de outras demandas familiares. Isso também contribui para o isolamento enfrentado por essas famílias.

O isolamento surge como consequência direta da sobrecarga vivida por essas famílias. Devido à pressão externa de outros familiares, e à grande quantidade de tarefas, os cuidadores têm pouco tempo para cultivar suas redes sociais. Eles se veem privados de visitar parentes ou amigos e de desfrutar de momentos de lazer, o que os torna solitários na lida com todos os problemas e demandas, com pouco ou nenhum apoio externo.

Para lidar com essa situação, é essencial adotar estratégias de enfrentamento e buscar acompanhamento terapêutico. O adoecimento psíquico é uma resposta natural aos desafios enfrentados, e encontrar soluções para o dia a dia pode tornar a vida mais leve. Afinal, todos merecem descanso e felicidade.

Fique atento a alguns sinais de adoecimento, como:

  • Tristeza persistente;
  • Isolamento;
  • Falta de energia para realizar atividades do cotidiano;
  • Perda de interesse em atividades antes prazerosas;
  • Falta de higiene pessoal; 
  • Falta de atenção;
  • Pessimismo;
  • Perda ou aumento do apetite;
  • Irritabilidade. 

 

Referências: 

O suicidio de pessoas autistas em decorrência da depressão é motivo de preocupações constantes.  Pesquisas sugerem que indivíduos autistas têm um risco aumentado de comportamento suicida e pensamentos suicidas, devido a fatores como:

Sentimentos de Desesperança: A sensação de não se encaixar ou de ser constantemente incompreendido pode levar a sentimentos profundos de desesperança, que podem aumentar o risco de suicídio.

Experiências de exclusão e bullying: O bullying e a exclusão social são experiências comuns para muitas pessoas com autismo, o que pode intensificar a depressão e o risco de suicídio.

Falta de acesso aos tratamentos e terapias: A falta de acesso a serviços de saúde mental especializados e a dificuldade em encontrar profissionais que compreendam o TEA podem resultar em tratamento inadequado ou tardio, aumentando o risco de crises suicidas.

Comorbidades Psíquicas: A presença de outros transtornos psiquiátricos, como transtornos de ansiedade e transtornos de humor, pode complicar ainda mais a situação e elevar o risco de suicídio.

Sinais de Alerta e Identificação

Identificar sinais de depressão e risco de suicídio em indivíduos com autismo pode ser desafiador devido à natureza diversa do próprio espectro e a dificuldade em comunicar sentimentos. No entanto, alguns sinais de alerta incluem:

Mudanças no Comportamento 

Alterações súbitas no comportamento, como aumento de irritabilidade, apatia ou recusa em participar de atividades anteriormente prazerosas.

Comunicação de Desesperança

Pessoas autistas podem expressar seus sentimentos de tristeza e desesperança de forma diferente de outras pessoas. Fique atento a expressões constantes de irritabilidade, cansaço, estresse ou comentários constantes sobre o sentimento de inutilidade, raiva ou tristeza. 

Autistas não verbais podem expressar seus sentimentos através de crises de choro, maior irritabilidade ou a perda de interesse em atividades que antes eram queridas.

Alterações nos Hábitos de Rotina 

Mudanças drásticas nos hábitos alimentares, sono, perda de interesse em atividades antes prazerosas ou mudanças no comportamento habitual.

Comportamentos Autolesivos

Qualquer comportamento autolesivo ou expressões de desejo de se machucar são sinais críticos que devem ser avaliados imediatamente.

 

Referências: 

O “Shutdown” ou desligamento é um termo em inglês usado para descrever uma crise causada pela sobrecarga no processamento de estímulos sensoriais ou emoções intensas. Diferente do meltdown, que se apresenta como uma crise mais visível e explosiva, o shutdown acontece como um estado de desligamento, onde a pessoa se retrai como uma forma de lidar com a sobrecarga de estímulos, como se entrasse em um modo de “economia de energia”. Durante um shutdown a pessoa pode parecer não responder aos estímulos externos. 

É importante ressaltar que o shutdown não é uma birra ou um comportamento intencional; é uma resposta involuntária do organismo a uma situação de estresse. Reconhecer e entender o shutdown é essencial para acolher pessoas com autismo, criando ambientes que minimizem sobrecargas sensoriais e ofereçam suporte emocional quando necessário.

Para aqueles que convivem com pessoas no espectro autista, é essencial aprender a identificar sinais de um possível shutdown e saber como agir de forma a respeitar o espaço e o tempo de recuperação da pessoa. 

 

Referências: