A série documental Amor no Espectro estreia sua segunda temporada no próximo dia 26 de setembro de 2021, na Netflix. A primeira temporada da produção australiana, que mostra autistas adultos em encontros amorosos, foi originalmente lançada em 2019 pela ABC TV e, transmitida no Brasil pela Netflix em 2020. Já exibida na Austrália, a nova temporada apresenta personagens já introduzidos na primeira temporada, mas também inclui novas pessoas, todas dentro do espectro do autismo.

Em entrevista ao Autism Awareness Australia, parte do cast comentou as expectativas e como foi participar da segunda temporada. Mark, por exemplo, disse que “o programa ficou melhor e muito maior, e o fato de ter ido ao ar na Netflix fez eu sentir que Love on the Spectrum se tornou mundialmente conhecido. Sempre me senti confiante trabalhando na primeira temporada, na segunda não foi diferente”, destacou.

Novidades

Ronan é uma das novidades da segunda temporada. Ele decidiu participar da série após assistir a primeira temporada e disse ter gostado da experiência. “Eu realmente não tinha certeza do que esperar porque era muito novo para mim, mas eu sempre gosto de tentar coisas novas e estava animado para fazer parte do show. Aprendi muito durante as filmagens e toda a equipe foi tão legal e me fez sentir valorizado”, comentou.

Assista ao trailer da nova temporada a seguir:

Com uma live nesta segunda-feira, 16.ago.2021, às 21h00 (horário de Brasília) — 5pm (Pacific Time) e 8pm (East Time) — a Tismoo vai lançar seu programa de genoma para famílias brasileiras nos Estados Unidos. O evento online terá a presença do neurocientista brasileiro Alysson Muotri, professor da faculdade de medicina da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA). A programa é fruto de parceria da startup de biotecnologia com a “Autismo Juntos Mais Fortes“, que promove eventos sobre autismo em solo norte-americano.

No Instagram @_tismoo e @autismojuntosmaisfortes, o neurocientista irá explicar e responder dúvidas a respeito de genética e autismo, além de falar sobre seu trabalho com minicérebros (saiba mais lendo o artigo “Muotri envia 2ª etapa de sua pesquisa com minicérebros humanos para o espaço“).

O evento é gratuito e não precisa de inscrição, basta acessar o Instagram da Tismoo na noite de 16.ago.2021 e participar. Se você conhece algum autista ou familiar que mora nos EUA, não deixe de compartilhar esta informação para que participem.

Vídeo

Assista ao vídeo da gravação da live:

 

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Leia também: “Estudo reforça importância do sequenciamento do genoma completo em autistas“.

Sabia mais sobre o T-Gen, o sequenciamento completo do genoma da Tismoo.

E descubra as “7 dicas sobre autismo e exame genético“.

De estudos científicos a até inovações brasileiras que permitem saber mais sobre autismo

Fizemos um compilado com sete dicas que podem mudar sua visão a respeito de autismo e das possibilidades para uma medicina personalizado — sempre com dados baseados em robustos estudos científicos. Aqui falamos de casos que podem até alterar o tratamento por conta de um achado genético, encontrar um diagnóstico mais aprofundado (a segunda camada do diagnóstico), assim como quem conseguiu participar de pesquisa com minicérebros de graça. Vale conferir!

DICA NÚMERO 1

O que um estudo científico com mais de 2 milhões de pessoas descobriu sobre autismo?

Encontrar a causa, sem dúvida, é uma peça importante na busca por saber mais sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Um estudo publicado pelo JAMA Psychiatry (julho de 2019) confirmou que 97% a 99% dos casos de autismo têm causa genética, sendo 81% hereditário. O trabalho científico, com 2 milhões de indivíduos, de cinco países diferentes, sugere ainda que de 18% a 20% dos casos tem causa genética somática (não hereditária). E o restante, aproximadamente de 1% a 3%, devem ter causas ambientais, pela exposição de agentes intrauterinos — como drogas, infecções, trauma durante a gestação.

Ou seja, entender o autismo implica em entender a genética do TEA. E, se cada autista é único, cada genética é única também em cada autista.

 

Para se aprofundar no tema:

Tem mais informações no nosso artigo “Pesquisa confirma que autismo é quase totalmente genético; 81% é hereditário“.

Pesquisa confirma que autismo é quase totalmente genético; 81% é hereditário — Tismoo

DICA NÚMERO 2

Por que eu saber qual a mutação genética que causou o autismo pode alterar o tratamento? 

Como já dissemos na dica de ontem, encontrar a causa, sem dúvida, é uma peça importante na busca por saber mais sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Um bom exemplo disso foi o que aconteceu com Erica Barbieri e sua filha Isabeli. Ela sempre fez tratamento para autismo, porém, após fazer o sequenciamento do exoma completo detectou uma síndrome rara (com questões de sono, intestino, endocrinológicas) que mudaria o tratamento e deixaria o autismo em segundo plano. “Eu tive respostas que eu buscava há 14 anos e agora elas fazem sentido”, finalizou Érica em sua fala.

Ela deu esse depoimento numa live da Tismoo, em setembro do ano passado.

Portanto, saber quais alterações genéticas estão envolvidas, pode viabilizar um tratamento personalizado, dependendo do caso.

 

Para se aprofundar no tema:

Assista ao vídeo da live e o depoimento da Érica (quem quiser ir direto, assista a partir de 37 minutos e 30 segundos).

DICA NÚMERO 3

Quantos genes estão relacionados ao autismo?

Há muito tempo já se sabe que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) tem causa genética. Mas o desafio é saber qual, ou melhor, quais genes estão envolvidos.

Com base num estudo que analisou o sequenciamento genético de mais de 35.000 pessoas autistas e familiares, pesquisadores identificaram 102 genes como sendo os principais relacionados ao autismo. Vale destacar que, se considerarmos todos os genes relacionados ao TEA, com todos os graus de importância, hoje (16.jul.2021), temos um total de 1.010 genes reportados, segundo o banco de dados da Simons Foundation, dos EUA — que é atualizado constantemente.

Quer dizer que mais de 1.000 genes estão associados ao autismo, sendo 102 deles com maior importância.

 

Para se aprofundar no tema:

Se quiser saber mais detalhes sobre o assunto, não deixe de ler nosso artigo “Análise identifica os 102 genes mais importantes para o autismo“.

Análise identifica os 102 genes mais importantes para o autismo — Tismoo

O estudo citado, no original completo, pode ser acessado neste link.

DICA NÚMERO 4

Se já tenho um diagnóstico de autismo, por que preciso de uma segunda camada do diagnóstico? 

O diagnóstico de autismo é clínico, feito por um médico especialista, um neurologista ou psiquiatra.

Mas o diagnóstico que você tem é de qual subtipo de autismo? Qual alteração genética? Tem alguma síndrome associada? Tem alguma outra condição de saúde que ainda não foi diagnosticada e não está sendo tratada?

A ciência moderna já tem uma maneira para dar resposta a muitas dessas perguntas: o sequenciamento genético, que permite saber a causa do autismo (alteração genética) e, dependendo do caso, pode mostrar outros diagnósticos ainda ocultos até hoje para a pessoa com autismo ou com síndromes relacionadas, uma segunda camada do diagnóstico.

Ou seja, com um mapeamento genético é possível identificar outras condições de saúde ou síndromes.

 

Para se aprofundar no tema:

Não deixe de ler a reportagem feita pela Revista Autismo a respeito deste assunto: “A ‘segunda camada’ do diagnóstico de autismo“.

Segunda camada do diagnóstico - Tismoo

DICA NÚMERO 5

Como posso participar de estudos científicos de autismo e me beneficiar gratuitamente?

Pesquisas científicas são feitas a todo momento, no mundo todo. Com autismo isso não é diferente. E, na maioria das vezes, essas pesquisas trazem benefícios a quem participa, como exames, avaliações ou mesmo a oportunidade de ter contato (antes de todo mundo) com alguma terapia nova, ou até mesmo um novo medicamento para um sintoma relacionado ao TEA, por exemplo.

Para participar de alguns estudos, porém, apesar de sempre serem gratuitos, as pessoas precisam saber qual alteração genética ou em qual gene há uma mutação para se credenciarem ao recrutamento.

Foi o que aconteceu com o professor Lucelmo Lacerda, que após um exame genético no seu filho soube que poderia participar de uma pesquisa com a criação de minicérebros na Universidade da Califórnia em San Diego (nos Estados Unidos) — sem nenhum custo, claro. Algo que custaria milhares de dólares, feito de graça e contribuindo com a ciência!

Em suma: saber quais alterações genéticas estão envolvidas no seu caso pode te ajudar a participar de ensaios clínicos personalizados.

 

Para se aprofundar no tema:

Veja, nestes dois vídeos, o próprio Lucelmo contando sua experiência com exame genético e farmacogenômica, além da participação no estudo com minicérebros nos Estados Unidos.

1. Exame genético no autismo – Exoma – Genoma – minha experiência – Prof. Dr. Lucelmo Lacerda

2. [EU FIZ] Os minicérebros do Dr. Alysson Muotri – exame genético e pesquisa para Autismo

DICA NÚMERO 6

Em qual país fica o primeiro laboratório do mundo dedicado ao autismo? No Brasil!?!? 

Sim, é no Brasil que foi criado o primeiro laboratório do mundo dedicado exclusivamente ao estudo da genética do autismo e síndromes relacionadas, mais especificamente em São Paulo. E muitas pessoas de outros países fazem exames genéticos aqui!

A Tismoo é uma empresa de biotecnologia de relevância global, comprometida em melhorar a qualidade de vida de pacientes e famílias afetadas por transtornos do neurodesenvolvimento como TEA e outros transtornos neurológicos de origem genética relacionados ao espectro, tais como a síndrome de Rett, CDKL5, Timothy, X-Frágil, Angelman, Phelan-McDermid, ADNP, Syngap1, entre outras. Na Tismoo, buscamos oferecer tecnologias verdadeiramente inovadoras e que tenham o potencial de mudar efetivamente a qualidade de vida das pessoas.

Muitos genes envolvidos no TEA já foram identificados, porém muitos ainda são desconhecidos. Daí a importância de uma plataforma de bioinformática construída e pensada exclusivamente para transtornos neurológicos complexos como o autismo e as síndromes a ele associadas.

O Brasil, portanto, tem o primeiro laboratório do mundo dedicado exclusivamente ao TEA e conta com uma plataforma de bioinformática especialmente construída para o autismo.

 

Para se aprofundar no tema:

Assista ao vídeo abaixo e entenda por que a Tismoo foi criada:

 

E leia o artigo “Por que a Medicina Personalizada é tão importante para o autismo?“.

DICA NÚMERO 7

Onde você faz reunião com os cientistas para saber os detalhes do resultado do seu exame?

Num mundo ideal, todo laboratório deveria, além de entregar um laudo dos exames, explicar esses resultados para você com seus especialistas no assunto. É assim em todo lugar? Não, infelizmente.

Mas na Tismoo, sim! Não só é possível fazer o exame totalmente à distância, sem precisar vir a São Paulo (o que também facilita para muitas pessoas de outros países fazerem nossos exames), como a Tismoo trata a todos da forma mais humana possível. Aqui ninguém é um número ou um pedaço de papel. Após a entrega do laudo com os resultados do mapeamento genético, nós agendamos uma reunião online com a equipe técnica da Tismoo, formada por médicos, geneticistas e cientisas especialistas em autismo e síndromes relacionadas para explicar todos os detalhes do resultado para a família (em muitos casos, com a participação do seu médico, que solicitou os exames).

Isso sem falar no serviço Tismoo 24/7, em que você pode atualizar seu laudo todo ano, com o que a ciência descobrir de mais atual para seu caso. E, logicamente, ter uma nova reunião com os cientistas da Tismoo te explicarem o novo laudo.

Resumindo: além do laudo, a Tismoo faz uma reunião pós-teste com seus cientistas especialistas e explica detalhadamente os resultados para a família.

 

Para se aprofundar no tema:

Se quiser saber como a Tismoo tem feito os exames durante a pandemia, 100% à distância, não deixe de ler nosso artigo “Como a Tismoo está realizando os exames genéticos em meio à pandemia?” e assistir ao vídeo no final dele, mostrando como é fácil coletar a saliva para o exame genético.

Como a Tismoo está realizando os exames genéticos em meio à pandemia?

Exames genéticos

A Tismoo realiza 3 diferentes exames genéticos:

  • T-Array — CGH-SNP-Array
  • T-Exom — sequenciamento do exoma completo
  • T-Gen — sequenciamento do genoma completo

Para se aprofundar no tema:

Saiba mais com a explicação do Dr. Alysson Muotri a respeito da diferença entre cada exame, em 2019.

 

Série documental estreou sua segunda temporada na Austrália, seu país de origem, na ABC TV

Amor no Espectro (Love on the Spectrum, no nome original, em inglês) estreiou a segunda temporada no seu país de origem, a Austrália, na ABC TV. A série documental, que conta a história de autistas em busca de relacionamentos amorosos — e teve sua primeira temporada exibida no Brasil pela Netflix —, mantem alguns personagens nesta segunda temporada, e adiciona outros novos protagonistas autistas.

Alguns astros do elenco comentaram as expectativas e como foi participar da segunda temporada, em entrevista ao Autism Awareness Australia. “O programa ficou melhor e muito maior, e o fato de ter ido ao ar na Netflix fez eu sentir que Love on the Spectrum se tornou mundialmente conhecido. Sempre me senti confiante trabalhando na primeira temporada, na segunda não foi diferente”, destacou Mark.

Autoestima

Uma das novidades da segunda temporada, Ronan decidiu participar da série após assistir a primeira temporada e disse ter gostado da experiência. “Eu realmente não tinha certeza do que esperar porque era muito novo para mim, mas eu sempre gosto de tentar coisas novas e estava animado para fazer parte do show. Aprendi muito durante as filmagens e toda a equipe foi tão legal e me fez sentir valorizado”, comentou ele.

Judy Singer, socióloga, autora e palestrante internacional, atuou como consultora da série, fornecendo suporte, direção e feedback para orientar a abordagem na produção da série. A equipe de Amor no Espectro, porém, não buscou feedback e consultoria apenas de neurotípicos, eles tambem falaram com especialistas em neurodiversidade que estão no espectro do autismo. Por abordar namoro e relacionamento, a primeira temporada recebeu atenção e comentários de autistas, inclusive no Brasil. Ainda não há informações se a nova temporada também estará na Netflix.

Trailer

Veja o trailer original e outros vídeos de divulgação da nova temporada a seguir.

Personagem de Mauricio de Sousa é destaque da edição nº 12, que traz a campanha nacional do Dia Mundial de Conscientização do Autismo na capa

André é capa da Revista Autismo do '2 de abril' — TismooChegou mais uma celebração de 2 de abril, pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo, e a Revista Autismo traz, na capa, o André, personagem autista da Turma da Mônica, chamando atenção para o tema da campanha nacional 2020/2021 pela data: “Respeito para todo o espectro”, com a hashtag #RESPECTRO.

Fruto da parceria da revista com o Instituto Mauricio de Sousa, André é destaque cada vez maior em material de conscientização e de informação sobre o Transtorno do Espectro do Autismo. Além da capa, a revista traz um poster de página dupla como brinde nesta edição com o autista mais querido da Turminha ilustrando o cartaz da campanha. A edição (número 12) corresponde ao trimestre de março, abril e maio de 2021.

Congresso online grátis

Ainda como parte das ações do mês de abril, a Revista Autismo em parceria com a Tismoo.me realiza o 2º Congresso Online pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo, no dia 2 de abril de 2021, totalmente gratuito (faça sua inscrição neste link).

No ano passado, o congresso teve a participação de mais de 40 mil pessoas, com 12 horas de conteúdo totalmente grátis. Para este ano, a expectativa é de um público ainda maior.

2º congresso online pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo — Revista Autismo e Tismoo.me

A epileptologista Kette Valente responde perguntas variadas sobre convulsões e epilepsia, condição de saúde associada ao autismo com frequência

A epilepsia, segundo estudos de 2012, 2017 e 2018, é uma das condições clínicas associadas ao autismo que ocorrem com mais frequência — além de distúrbios gastrointestinais, distúrbios do sono, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), ansiedade e fobias. E as convulsões, epilepsia e epilepsia refratária (de difícil controle) são os temas de um vídeo publicado pelo médico Drauzio Varella, em seu canal no Youtube, em que tira todas as dúvidas de internautas com a médica neurologista Kette Valente, professora livre-docente em neurologia infantil da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), especialista em epilepsia.

O vídeo é de julho de 2020, mas a informação continua atual e útil. A especialista explica as diferenças entre epilepsia e epilepsia refratária, esta última é de difícil controle com  medicamentos que temos atualmente disponíveis. Até mesmo uma pergunta que relaciona “o risco aumentado de [casos graves de] Covid-19” e epilepsia está entre as questões dos internautas que foram respondidas pela dra. Kette Valente, que ainda fala de crises de ausência e o que fazer (e o que não fazer!) em caso de convulsões.

EEG

Segundo Iara Brandão, médica geneticista e neuropediatra consultora da Tismoo, é muito importante, porém, ressaltar que “os episódios de parada da reatividade ou desligamentos apresentados por alguns pacientes autistas, quando estão realizando suas atividades de vida diária, não podem ser menosprezados, ou interpretados por não especialistas, ao contrário, devem ser analisados cuidadosamente por um neurologista que irá avaliar a necessidade de um exame de eletroencefalograma (EEG) ou até mesmo um vídeo EEG para descartar atividade epiléptica”, explicou.

Por fim, é sempre essencial destacar que um médico deve ser consultado em caso de qualquer suspeita tanto de autismo, como de epilepsia ou TDAH. Neurologistas são os especialistas recomendados para casos de convulsões, com ou sem diagnóstico de epilepsia.

Vídeo

Assista ao vídeo completo a seguir.

 

Uma pergunta frequente que está respondida neste artigo, para quem já fez um exame de sequenciamento genético

Frequentemente recebemos a pergunta do título: “Fiz exame em outro lugar, posso fazer uma reanálise na Tismoo?”. A resposta é “SIM!”, mas, para não restar nenhuma dúvida, este artigo pretende esclarecer a questão a respeito do sequenciamento genético, tanto do exoma, quanto do genoma, pois ambos permitem este recurso..

Mas, afinal, o que seria uma reanálise?

Arquivo FASTQ de dados biológicos de sequenciamento genético para reanálise de exoma ou genoma— TismooQuando você faz um exame de sequenciamento do exoma completo (WES, na sigla em inglês) ou do sequenciamento do genoma completo (WGS, na sigla em inglês) o laboratório lhe entrega (ou dá esta opção) os dados brutos do seu exame (que é um arquivo — normalmente grande, de alguns gigabytes — com os seus dados relativos a esse mapeamento genético). O sequenciamento representa o que está no seu DNA (exoma ou genoma), que não mudará para o resto da sua vida. Portanto, você faz o exame uma única vez e recebe um laudo com os resultados sobre quais são as variantes genéticas importantes que possam estar relacionados ao quadro clínico indicado pelo médico solicitante, com base na literatura científica existente à época da sua elaboração. 

As recomendações da Academia Americana de Genética Médica1 (American College of Medical Genetics and Genomics – ACMG), referência mundial na área, são de que variantes benignas e provavelmente benignas não devem ser relatadas, devendo ser relatadas em laudo apenas variantes patogênicas, provavelmente patogênicas e variantes de significado incerto ou desconhecidos, as chamadas VUS (do inglês, Variant Unknown Significance) relacionadas ao quadro clínico do paciente. VUS são bem comuns de serem encontradas em autistas e, na maioria das vezes, a raridade é uma característica que sempre faz das atualizações algo bastante importante para uma possível reclassificação.

A ciência, porém, evolui e faz novas descobertas dia após dia, sem interrupções. Algo que pode ter sido descrito como algo irrelevante hoje, pode-se descobrir ter grande relevância amanhã.

Na Tismoo não tem só laudo, tem reunião com explicação do resultado

Quando a Tismoo faz um exame de sequenciamento genético, não só faz um reunião online com a equipe técnica para explicar cada detalhe do laudo e do resultado do exame feito — tanto para o autista e sua família quanto para o médico e toda a equipe multidisciplinar que faz seu acompanhamento — visando o entendimento completo e tirar todas as dúvidas, como também disponibiliza um serviço de atualização de dados, com laudo dinâmico, chamado Tismoo 24/7®: a cada um ano é feita uma reanálise a partir dos dados brutos do exame para verificar as novidades da ciência para aquela pessoa especificamente. Um serviço que pode ser contratado e renovado anualmente, trazendo, portanto, um novo laudo atualizado a cada 12 ou 24 meses, como é recomendado pela Academia Americana de Genética Médica e Genômica (ACMG).

Vamos voltar à pergunta do título: e se eu não fiz meu exame na Tismoo? E se eu não fiz meu exame num laboratório que é especialista em autismo e síndromes relacionadas? E se eu fiz meu exame num laboratório generalista?

Neste caso, você não precisa refazer seu exame, não precisa coletar de novo a amostra biológica (saliva ou sangue), nem pagar um sequenciamento completo novamente, pode ser feita apenas a reanálise  a partir dos seus dados brutos. Ou seja, você contrata o serviço de reanálise da Tismoo e envia o arquivo com os dados brutos do resultado do seu exame, que será interpretado e analisado pela plataforma de bioinformática exclusiva (chamada Genioo®), construída pela Tismoo, e terá seu exame analisado pelos cientistas da Tismoo com um foco e uma curadoria especializados no Transtorno do Espectro do Autismo e todas as síndromes ligadas ao neurodesenvolvimento de origem genética. E com a possibilidade de contratar o serviço de atualização anual de laudo!

Arquivo FASTQ e alta qualidade são requisitos

Arquivo formato FASTQ de dados biológicos de sequenciamento genético para reanálise de exoma ou genoma— Tismoo formato FASTQ, que é um padrão internacional desse tipo de dado biológico e que permite análises completas. Logicamente, ter um sequenciamento genético de alta qualidade também é outro requisito necessário, pois é impossível fazer uma boa análise (ou reanálise) em dados sem a qualidade mínima exigida pela Tismoo para tão complexas condições de saúde.

A Tismoo, sempre faz tudo baseado nas mais atuais descobertas e evidências científicas do mundo. “Em 2019, a ciência nos brindou com muitas atualizações importantes no que tange os fatores de risco relacionados ao autismo, como também como uma recomendação de atualização de dados2 e  uma reflexão ética3 sobre a importância da reanálise de dados genéticos. Sobre essa questão  devemos lembrar que o conhecimento da genética humana. A Tismoo, como sempre, foi visionária desde sua abertura, pois já tinha o serviço de reanálise de dados como um diferencial para seus clientes e sempre primou pelas ferramentas de análise de dados serem constantemente atualizadas, o que cria um dinamismo nas análises genéticas. Portanto, a classificação das variantes pode mudar com o passar do tempo e da evolução do conhecimento científico. Com isso, é preciso sempre ter em mente que a reanálise de dados tanto do sequenciamento do exoma ou do genoma sempre será realizada à luz dos conhecimentos científicos e de informações clínicas atuais, o que pode apresentar resultados diferentes dos que foram previamente reportados. Isso significa dizer que um resultado diferente após a reanálise não significa um erro no resultado do exame anterior e sim a evolução do conhecimento. O que é muito comum e esperado para os casos de autismo”, explicou a bióloga Graciela Pignatari, diretora executiva e cofundadora da Tismoo.

Reanálise de exame genético na Tismoo

Portanto, se você fez exame em outro laboratório, que não no único do mundo especializado em autismo e síndrome relacionadas, é possível fazer uma reanálise do seu exoma ou genoma completos na Tismoo e passar a contar com as mais atuais informações da ciência a seu favor. E o melhor, sem precisar refazer o exame!

Atualmente, na Tismoo, a reanálise do exoma custa R$ 2.500,00; e a do genoma, R$ 3.500,00. Vale consultar as condições e prazos e entrar nesta jornada rumo à medicina personalizada para você ou para quem lhe é importante.

Agora, se você já fez seu exame na Tismoo, o serviço de atualização de laudo anual, o chamado “Tismoo 24/7”, custa R$1.100,00 por ano, lhe dando direito a um laudo atualizado, com as mais recentes descobertas da ciência para o seu caso, e uma nova reunião com a equipe técnica para esclarecer todos os detalhes do novo laudo.

Em caso de dúvida, envie email para info@tismoo.com.br ou converse com a Tismoo no WhatsApp +55 (11) 95638-4178.


Referências:

1 – Richards et al. ACMG Laboratory Quality Assurance Committee. Standards and guidelines for the interpretation of sequence variants: a joint consensus recommendation of the American College of Medical Genetics and Genomics and the Association for Molecular Pathology. Genet Med. 17(5):405-24, 2015. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25741868/

2 – Deignan et al. Points to consider in the reevaluation and reanalysis of genomic test results: a statement of the American College of Medical Genetics and Genomics (ACMG). Genet Med. 21(6):1267-1270, 2019. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31015575/

3 – Appelbaum, P. S., Parens, E., Berger, S. M., Chung, W. K., & Burke, W. Is there a duty to reinterpret genetic data? The ethical dimensions. Genetics in Medicine, 22(3), 633-639, 2020. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31616070/

Vídeo do pesquisador Willian Chimura — que é autista — ressalta a mudança do uso do termo em diagnósticos a partir de 2022

Por ocasião do Dia Internacional da Síndrome de Asperger, no último dia 18 de fevereiro, o youtuber Willian Chimura, que também é pesquisador e autista, fez um vídeo muito interessante sobre em 2021 termos tido “O último dia da Síndrome de Asperger”, designação que cairá em desuso nos diagnósticos a partir de 2022, quando entra em vigor o CID-11.

Em seu vídeo, Chimura, esclarece que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) passou a constar na nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID-11 (ICD-11 na sigla em inglês para International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems),lançada em junho de 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que entra em vigor no próximo ano, a partir de 1º de janeiro de 2022 (leia nosso artigo com detalhes sobre o assunto).

DSM-5 e CID-11

O CID-11 seguiu a alteração feita em 2013 na nova versão do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, o DSM-5 (na sigla em inglês para: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que reuniu todos os transtornos que estavam dentro do espectro do autismo num só diagnóstico: TEA — inclusive a Síndrome de Asperger.

Mais informações (em inglês) no site da OMS (http://www.who.int/health-topics/international-classification-of-diseases).

Veja as fontes citadas por Chimura em seu vídeo:

Vídeo de Wiliiam Chimura


Leia também nosso artigo “Nova classificação de doenças, CID-11, unifica Transtorno do Espectro do Autismo: 6A02“; e
Por que algumas pessoas defendem que o termo ‘Asperger’ seja abandonado?“.

Também veja: “Livro conta as origens do autismo no período nazista e o envolvimento de Hans Asperger“.

Combinando edição de genoma e organoides cerebrais, a equipe de Muotri pretende desvendar uma questão fundamental da espécie humana: o que nos faz únicos?

Dr. Alysson R. Muotri, Ph.D., professor da faculdade de medicina, diretor do Programa de Células-Tronco da Universidade da Califórnia (EUA) e sócio fundador da Tismoo, recriou organoides cerebrais contendo material genético de Neandertais na tentativa de compreender como surgiu a capacidade cognitiva distinta de nossa espécie. O trabalho, publicado nesta quinta (11.fev.2021) na renomada revista científica Science, utilizou edição de genoma (com CRISPR-Cas9) e também ajuda a entender as bases evolucionárias e neurológicas do autismo.

Organoides cerebrais, ou minicérebros, são estruturas celulares em miniatura criadas a partir de células-tronco pluripotentes que reproduzem, em parte, a estrutura e funcionalidade do cérebro humano em desenvolvimento. Muotri já havia utilizado esses minicérebros para desvendar a contribuição genética do autismo e outras doenças neurológicas, e para testar novos medicamentos. Junto com colegas brasileiros, Muotri também já havia feito uso dos minicérebros para mostrar a relação causal do vírus da Zika e o surto de microcefalia no Brasil em 2015.

Alysson Muotri com 'minicérebros', organoides cerebrais — TismooNeandertais e Denisovans

Usando uma nova versão de minicérebros funcionais, capazes de gerar sofisticadas redes neurais com oscilações semelhantes ao cérebro humano, o grupo de Muotri mostra pela primeira vez na história a reconstrução de minicérebros com variantes genéticas de espécies humanas extintas, como os Neandertais e Denisovans. 

“No passado, já havíamos comparado organoides cerebrais de humanos com de outros primatas, como o chimpanzé. No entanto, para entender as origens do cérebro moderno, precisaríamos compará-los com o dos nossos primos evolutivos mais próximos, como os Neandertais”, explica Muotri.

Há milhares de anos

Humanos modernos e os Neandertais se separaram em duas linhagens, cerca de 400 mil anos atrás. Nossos ancestrais diretos ficaram na África, enquanto que os Neandertais migraram para o norte europeu. Vestígios arqueológicos de  aproximadamente 60 mil anos atrás sugerem que os nossos ancestrais finalmente saíram da África em direção à Europa. Foi nesse momento em que as duas espécies coexistiram. Evidências genéticas recentes mostram que os dois grupos tiveram relações sexuais, mas a natureza desses encontros ainda é um mistério. O fato é que os Neandertais acabaram extintos logo após esse contato com nossa espécie. As causas da extinção dos Neandertais é motivo de muita especulação.

Tudo que sabemos dos Neandertais vem do estudo de fósseis e sítios arqueológicos. Evidências arqueológicas mostraram que os Neandertais costumavam enterrar seus mortos, produziam ferramentas e enfeites rudimentares, sugerindo um certo pensamento abstrato e simbólico. Até evidências artísticas foram atribuídas aos Neandertais, mas isso ainda é alvo de muita controvérsia. Do ponto de vista neurológico, sabemos que tinham o volume cerebral semelhante aos humanos modernos, com pequenas diferenças estruturais. O material genético, também extraído de fósseis, foi decodificado em 2010. Dos Denisovans sabemos menos ainda, pois as evidências arqueológicas são praticamente inexistentes. Tudo que sabemos dos Denisovans vem apenas de genomas encontrados em pedaços de ossos fossilizados.

 

Seleção natural

Ao comparar o genoma dos Neandertais e Denisovans com os de humanos modernos, Muotri notou diversas diferenças. Certas regiões do genoma ainda existem na população de hoje, enquanto outros fragmentos foram eliminados pela seleção natural, possivelmente por causa de alguma desvantagem adaptativa, seja na saúde, fertilidade, aparência ou cognição.

“Nosso grupo usou ferramentas genômicas para alinhar genomas dessas espécies humanas extintas e descobrir quais genes seriam únicos e não mais presentes nas atuais populações humanas. Depois, selecionamos genes que eram ativos durante o desenvolvimento neural e que estavam relacionados a doenças neurológicas. Usamos essa informação para alterar o genoma de células-tronco pluripotentes humanas e então criar organoides cerebrais (também chamados de minicérebros) ‘arquealizados’”, explica Muotri.

NOVA1

O gene escolhido é conhecido por NOVA1, um regulador mestre de outras centenas de genes durante o neurodesenvolvimento. Interessante notar que as vias controladas pelo NOVA1 já foram implicadas em autismo e esquizofrenia, ressaltando a importância deste gene.

No estudo, foi fundamental o uso de algoritmos de bioinformática para garantir que a técnica CRISPR introduzisse corretamente mutações genéticas no gene NOVA1 do genoma das células, mas sem a inserção de mutações indesejadas (chamadas de off-target) que poderiam comprometer o estudo. “Desta forma, a partir do sequenciamento do genoma das células, conseguimos comprovar que as mutações do gene NOVA1 do genoma dos neandertais foram introduzidas com sucesso no genoma de células humanas e sem a ocorrência de mutações indesejáveis” disse o pesquisador Roberto Herai, sócio fundador da Tismoo,  colaborador do estudo e coordenador do Laboratório de Bioinformática da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. “Essa pesquisa multicêntrica internacional também permitiu demonstrar a alta capacidade de laboratórios científicos 100% brasileiros e com grande domínio da área de bioinformática utilizando técnicas de engenharia genética como CRISPR”, finalizou Herai.

Autismo

Os resultados são impressionantes. Ao olhar para a expressão gênica durante o neurodesenvolvimento, o grupo notou alterações significativas entre os minicérebros “arquealizados” e os humanos. Em nível celular, as alterações foram ainda mais claras: alterações no padrão migratório das células progenitoras levou a formação de estruturas globulares distintas nos minicérebros carregando as variantes arcaicas. Essas alterações celulares e moleculares tiveram um impacto na formação das redes neurais: a atividade neuronal foi significativamente alterada em minicérebros com as variantes ancestrais. Isso seria uma evidência de que, possivelmente, seríamos cognitivamente distintos das outras espécies. Quais seriam essas diferenças ainda é um mistério, mas Muotri especula: “As redes neurais se comportam de forma semelhante a algumas condições neurológicas que modelamos no laboratório, como subtipos de autismo. Essa comparação pode sugerir que nossos ancestrais tivessem habilidades extraordinárias, ou dificuldades, por exemplo, em comunicação e socialização”, o que ajuda a entender as bases evolucionárias e neurológicas do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Apesar das limitações intrínsecas do modelo de minicérebro (que não pode ainda ser comparado com o cérebro adulto), Muotri observa semelhanças em como alterações sutis no neurodesenvolvimento podem afetar a funcionalidade do cérebro humano. Junto com um time multidisciplinar, Muotri criou o Centro de Arquealização (https://archc.ucsd.edu) que busca identificar como outros genes também podem ter participado da evolução do cérebro humano.  

Os resultados com os organoides cerebrais podem revelar detalhes sobre a capacidade cognitiva que resultou no sucesso da espécie humana moderna e fracasso evolutivo dos Neandertais. Um grande passo para responder uma das perguntas mais fundamentais da história humana.

CRISPR

A técnica utilizada para edição do genoma foi com a enzima CRISPR-Cas9 (do inglês: Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats — em português: repetições palindrômicas curtas agrupadas e regularmente interespaçadas), uma tecnologia que permite copiar e colar um pedaço do DNA. Para quem quiser entender a técnica, há um vídeo do canal Ciência Traduzida (quem quiser ver uma versão reduzida, assista de 3:12s a 5:50s) e o site G1 também fez um infográfico bem interessante explicando a técnica.

O estudo completo pode ser visto em https://science.sciencemag.org/content/371/6530/eaax2537.full — e também foi destaque em reportagem do jornal The New York Times (EUA).

Vídeo de créditos

No vídeo abaixo, o neurocientista Alysson Muotri nomeia mais brasileiros que participaram do estudo, destacando o principal autor, Cléber  Trujillo, e outros brasileiros. E ainda aproveita para homenagear quem Muotri atribui ser o responsável por toda sua curiosidade e criatividade: Mauricio de Sousa, com seus personagens como o cientista Franjinha, o Astronauta, o homem-das-cavernas Piteco e o André, o personagem autista da Turma da Mônica.

Assista ao vídeo no Facebook, em: https://www.facebook.com/muotri/videos/208308221003959/.

Vídeo de créditos de Alysson Muotri e homenagem a Mauricio de Sousa — Tismoo

 

[Atualizado em 12/02/2021 com vídeo de créditos]

‘Vamos ao dentista?’ é um app para iOS que auxilia pessoas autistas a se habituarem com a ida ao dentista

Aplicativo gratuito ensina higiene bucal a autistas — TismooUm aplicativo gratuito, lançado neste mês (fev.2021) foi feito para ajudar pessoas com autismo a se acostumarem com a higiene bucal e a ida ao dentista. O app chama-se “Vamos ao dentista?” e conta com legendas e narração em três idiomas: português, inglês e espanhol. Por enquanto o aplicativo é compatível com iOS (iPhone e iPad), mas outras versões devem ser desenvolvidas futuramente para outros tablets e celulares Android.

A ideia surgiu como como parte da tese de doutorado da cirurgiã-dentista Adriana Zink, especializada em tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), quando um protótipo desenvolvido por Eder Cassola Molina (professor de geofísica da Universidade de São Paulo) foi usado para a coleta de dados, e apresentou resultados satisfatórios que foram utilizados na tese e publicados no artigo “Communication Application for Use During the First Dental Visit for Children and Adolescents with Autism Spectrum Disorders”, na revista especializada Pediatric Dentistry (vol. 40, número 1, 2018), trabalho que também originou uma cartilha sobre saúde bucal. O protótipo foi expandido, atualizado e reformulado, dando origem ao aplicativo.

Aplicativo gratuito ensina higiene bucal a autistas — TismooImagens reais

Explicações detalhadas sobre como escovar os dentes de uma criança que não consegue ficar com a boca aberta, ensinando o uso de palitos de sorvete e outras sugestões importantes para pais de pessoas com autismo são alguns dos ensinamentos que o app oferece, tudo grátis.

Simples e bem intuitivo, o “Vamos ao dentista?” mostra imagens reais de crianças em tarefas usuais no dentista, com narração e explicação das situações que podem ser encontradas durante o desafio de ir pela primeira vez ao consultório para um tratamento bucal, e pode pode ser utilizado com diálogos em português, inglês ou espanhol, além de trazer vídeos ilustrativos de situações comuns no consultório e durante a escovação dos dentes.

Artigo científico

O artigo científico que originou o app pode ser lido em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29482677/ ou na revista científica Pediatric Dentistry, em https://www.ingentaconnect.com/content/aapd/pd/2018/00000040/00000001/art00003;jsessionid=763s145o48k4j.x-ic-live-01.

O aplicativo pode ser baixado na App Store buscando por “Vamos ao dentista” ou diretamente em: https://apps.apple.com/br/app/id1551226471. Eder dedicou o app a seu filho, Enzo, um menino autista de 15 anos.

 

Veja também “Pai e dentista lançam cartilha sobre saúde bucal para autistas“.

 

[atualizado em 11/02/2021 adicionando a versão para iPhone]